| Resumo: | Relata os episódios referentes à descoberta do Trypanosoma cruzi - nova espécie de tripanossomo encontrado no tubo digestivo de insetos hematófagos, vulgarmente conhecidos como barbeiros, na região de Lassance, Minas Gerais - e da doença humana causada por esse parasito, que se tornaria conhecida como tripanossomíase americana ou doença de Chagas. Em seguida, apresenta estudo minucioso das características biológicas e do ciclo evolutivo do parasito no inseto transmissor e em hospedeiros vertebrados. Após infectar com o T. cruzi cobaias que, sem que o autor soubesse, estavam naturalmente infectadas por agente infeccioso na época desconhecido e posteriormente denominado Pneumocystis carinii, Chagas interpreta as formas pulmonares encontradas nas cobaias como sendo referentes ao T. cruzi e descreve como esquizogonia a forma de multiplicação desse parasito. Por tal razão, cria o gênero Schizotrypanum, alterando a denominação do parasito para Schizotrypanum cruzi, concepção que seria posteriormente reavaliada pelo autor. O artigo discute ainda os mecanismos de variabilidade de virulência do T. cruzi, suas relações filogenéticas e um possível dimorfismo sexual, além de hipotetizar a forma vetorial de transmissão para os hospedeiros vertebrados. O trabalho é ilustrado com estampas de Castro Silva em que são representados o inseto transmissor e as diversas fases do ciclo evolutivo do T. cruzi.
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